A resposta é óbvia que “não”, e a evidência disso é que a maior parte das empresas não gerem seus portfolios, e uma boa parte delas vivem muito bem dessa maneira. Mas então, fica a questão: si não é algo realmente necessário, por que inúmeras empresas optam por fazê-lo, mesmo que isso implique várias dificuldades?

La resposta é que elas optam por fazê-lo porque elas entendem que uma gestão eficaz de seu portfólio de projetos pode trazer resultados significativos que compensam de longe os pontos negativos dessa escolha.

Esse grupo de empresas, ainda minoritário mas crescente, sabe que a gestão de portfólio de projetos lhes permite de escolher os projetos com maior potencial de resultados, de identificar os projetos ineficaces, de maximizar a utilização de recursos e de melhor os distribuir, de se adaptar rapidamente às mudanças, de alinhar os projetos à estratégia da empresa, entre tantas outras vantagens.

Em resumo, essas empresas entenderam que uma gestão eficaz de seu portfólio de projetos lhes propicia um portfólio de melhor desempenho e, consequentemente, se tornarem empresas com desempenho superior. Então, se tantas são as vantagens, por que a taxa de empresas que praticam a gestão de portfólio de projetos resta tão baixo?

Entre esses fatores, nós podemos destacar:

  • Uma resistência natural face às mudanças que ocorrem a partir da implementação de um PPM.
  • Os gestores, assim como a alta administração, não dominam suficientemente o assunto, o que cria questionamentos e mesmo medo, o que explique o baixo empenho.
  • Baixo nível de gestão de projetos que impacta a gestão do portfólio de projetos.
  • O PPM não desfruta de um orçamento necessário ao seu bom funcionamento.
  • Falta de um patrocinador comprometido.

Podemos concluir que, se por um lado a gestão do portfólio de projetos não é indispensável, por outro lado ela demonstra um grande potencial de resultados com muitas qualidades. Por outro lado, infelizmente, os obstáculos para implementar um PPM são inúmeros, o que explica facilmente a baixa proporção de empresas dispostas à se lançarem nessa aventura.